quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Vem de mansinho


Vem! Vem de mansinho…
Deixa-me ficar
nesta penumbra, nesta meia luz.
Senta-te amor, devagarinho…
Assim… Eu quero escutar
essa música dolente,
que a tua luz traduz!

Vem contar-me contos…
Conta-me a vida dos ciganos
nómadas, errantes.
Dize-me dos orientais
que têm paixões brutais
e dos seus haréns,
as cenas sensuais…

Dá, meu amor,
dá alegria, põe muita cor
nessas novelas…
Vem contar-me coisas belas!
Veste as ciganas bronzeadas
de lenços de ramagens!
Dá tons vivos às imagens…
Veste-as de cores encarnadas!

Fala-me dessas tribos selvagens
enfeitadas com penas multicores
e coisas esquisitas,
desenhando tatuagens
no peito das favoritas!
- Dize-me dos teus amores…

Enche de luz e de estridor
a minha alcova sombria!
Dá-me alegria…
Incendeia meu sangue arrefecido!
E depois meu amor…
Depois… deixa-me sonhar…
Delirar,
num sonho belo, rubro, colorido!

Judith Teixeira

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